Marisa Gibson, na sua coluna DIARIO POLÍTICO deste sábado
Aparentemente, os jarbistas já estão virando a página. Num tom absolutamente conciliador, o deputado Jarbas Vasconcelos (MDB) disse, quinta-feira, em Toritama, que considerava normal a disputa pelo comando do MDB, afinal o partido nunca foi uma legenda acomodada, sempre teve muitas divisões e que ele mesmo pertenceu a uma corrente que divergiu muitas vezes.
Bem, para quem já chamou de “crápula” o presidente nacional da sigla, o senador Romero Jucá, que vem tentando dissolver o diretório pernambucano para entregá-lo ao senador Fernando Bezerra Coelho, Jarbas parece outra pessoa. Pudera, nesta sexta-feira, mal o dia havia amanhecido Raul Henry, presidente estadual do MDB, tomava conhecimento de mais uma liminar, desta vez do desembargador Itabira Brito, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, suspendendo a reunião da executiva nacional do MDB em Brasilia, que estava marcada para terça-feira.
Daí a inusitada leveza de Jarbas. Os aliados de Romero Jucá e de FBC alimentavam grandes expectativas em pôr um ponto final, a favor do grupo, na reunião da terça-feira. Na sexta-feira, o MDB nacional divulgou nota lamentando a decisão da Justiça de Pernambuco e FBC, que está nos Estados Unidos, diz que vai recorrer, mas, a essa altura, suas chances de ganhar essa batalha estão se esgarçando.
Diante dessa perspectiva, os jarbistas já estão contando com outra vitória: a do governador Paulo Câmara, que, se reeleito, levará o PSB a comandar o estado por 16 anos consecutivos, sem contar com os oito anos que o partido está à frente da Prefeitura do Recife.
Para o PSB, a presença do MDB de Jarbas no palanque majoritário da Frente Popular - é candidato ao Senado - é uma garantia de mais tempo de televisão. E, se a aliança com o PT se concretizar, a Frente terá um palanque bem robusto para exibir. Ao todo serão 22 partidos, e a festa vai ser grande, a menos que o ex-presidente Lula seja preso por corrupção.
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