A decisão do Solidariedade e do Democratas de reforçar a campanha do pré-candidato da Frente Popular ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB), se deu, de acordo com os líderes das duas legendas no estado, por uma simples razão: a presença do Partido dos Trabalhadores na coligação do senador Armando Monteiro Neto (PTB), principal adversário do socialista na disputa ao Palácio do Campo das Princesas.
Augusto Coutinho (SDD) e Mendonça Filho (DEM) disseram que não havia a menor possibilidade de se aliarem a uma chapa na qual estivesse presente uma sigla cujo governo foi alvo de sua oposição durante os doze anos que esteve à frente do Governo Federal.
'Tanto Armando quanto Paulo Câmara são candidatos qualificados para governar o Estado de Pernambuco. A chapa de Paulo Câmara é eleitoralmente até mais difícil para as proporcionais, mas para nós, o mais importante é manter a coerência política', afirmou o deputado federal Augusto Coutinho.
O parlamentar disse ainda que não conhecia o socialista antes da escolha do ex-governador Eduardo Campos (PSB), mas, após várias rodadas de diálogo, Coutinho garantiu estar confiante de que a aliança construída em torno da candidatura de Paulo Câmara é forte o suficiente para derrotar o PT.
Cenários - Mendonça Filho, por sua vez, contou que foram feitas muitas análises de cenários e, após diversas conversas internas, foi possível chegar à decisão, que deve ser oficializada na próxima segunda-feira (5).
O democrata também fez diversos elogios ao senador Armando Monteiro, mas ressaltou que a proximidade do petebista com os petistas nestas eleições limitou suas escolhas quanto ao lado que apoiaria. 'O PSB, que sempre foi aliado histórico do PT, rompeu e está se colocando como outra via, como oposição, então vamos com eles', pontuou Mendonça.
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