Brasília – O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), ocupou a tribuna nesta sexta (13), para defender a atuação institucional e independente do Ministério Público Federal e da Procuradoria-Geral da República, sobretudo neste momento tenso por que passa o País. O senador reafirmou “a confiança no trabalho do Procurador-Geral da República, para que possamos reafirmar a imperiosa necessidade do fortalecimento e do apoio ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público dos Estados, a instituições outras que têm dado uma contribuição enorme para a melhoria do Brasil, entre as quais incluo, naturalmente – não poderia ser diferente –, a Polícia Federal”.
Cássio ressaltou que é importante ter clareza quanto ao fato de que “investigação não é condenação” e frisou que “mesmo com a inclusão do senador Anastasia na lista de apuração apresentada pelo procurador-geral da República, o Dr. Janot, o PSDB, em nenhum momento, fez qualquer gesto de desestabilização do procurador-geral, muito menos de ataque à instituição do Ministério Público Federal, que deve ser absolutamente preservada”.
É grave a crise
O senador disse que o Brasil enfrenta grave crise econômica, política, ética e de credibilidade do governo federal. Afirmou, também, que a situação requer muita responsabilidade de todos para apontar alternativas que levem à solução dos problemas.
“A economia entrou no quadro recessivo em que nos encontramos, e é o pior dos mundos o que estamos vivendo, porque é uma recessão acompanhada de uma inflação crescente. A inflação para os pobres, para os que ganham menos já bate a casa dos dois dígitos, e a pior punição que um assalariado, que um trabalhador pode receber é ter o seu salário mensalmente aviltado pela inflação que corrói o seu poder de compra”.
O líder do PSDB convidou os homens e mulheres de bom senso a deixar de lado seus dramas pessoais e colocar acima deles os interesses do Brasil.
“Este é o momento em que todos nós devemos ter muita responsabilidade, apontar os caminhos que devem ser trilhados para o futuro do Brasil, acender a lanterna para que possamos abrir a picada e tirar o país desta mata escura, na qual estamos adentrando cada vez mais”, afirmou.
“Este é o momento em que todos nós devemos ter muita responsabilidade, apontar os caminhos que devem ser trilhados para o futuro do Brasil, acender a lanterna para que possamos abrir a picada e tirar o país desta mata escura, na qual estamos adentrando cada vez mais”, afirmou.
Sandálias da humildade
Na avaliação de Cássio, o primeiro passo para o País encontrar o caminho certo é o governo federal ter humildade para reconhecer erros e assumir falhas, primeiro passo, conforme afirmou, para que o país consiga sair da crise. “É o momento de compreender os dramas pessoais, mas de entender, sobretudo, a necessidade que o País tem de encontrar rumos. Esse caminho que o Brasil precisa trilhar jamais será percorrido com intolerância, com soberba, com arrogância, com intransigência, como vem lamentavelmente acontecendo com a Presidente Dilma Rousseff”, disse.
“Não será no isolamento político, não será com deslocamento de realidade que a presidente vai conseguir conduzir o País para um tempo de prosperidade, de crescimento, de estabilidade, que é o desejo de todos nós. Enquanto a presidente não se dirigir à nação, pedindo desculpas, reconhecendo erros, numa atitude e numa postura de humildade, e abandonar as velhas desculpas, sequer o primeiro passo será dado”, disparou.
Sentimento de indignação
O líder Cássio Cunha Lima disse ainda que o PSDB oferece ao Brasil a maturidade de suas lideranças e se coloca ao lado da população brasileira, em sintonia com o sentimento de indignação e com o desejo de mudança:
“Ninguém aguenta mais o PT, no Governo há 12 anos, continuar tentando responsabilizar o PSDB por problemas que ele já poderia ter resolvido. Ninguém aguenta mais o Governo dizer que a crise nacional está vinculada a um cenário internacional de dificuldades, quando todos nós sabemos que a economia dos Estados Unidos já está em recuperação, que a economia europeia também já avança e que a da China recuou um pouco, mas nunca para se colocar num patamar de crise absoluta. Para completar, agora, até São Pedro entrou no balaio de desculpas da Presidente da República, que já esgota a capacidade de se justificar perante o Brasil”.
Buraco econômico
Cássio avisou que “o PSDB não votará uma só iniciativa do governo da presidente Dilma Rousseff na direção do ajuste fiscal sem que ela se reporte ao Brasil pedindo desculpas, sem que ela aponte os caminhos do crescimento econômico, do apoio à indústria. Que não se fique apenas na postura até então demonstrada pelo Ministro Joaquim Levy de ser o grande tesoureiro do Brasil que quer arrecadar, e tão somente arrecadar, para tapar um buraco que foi provocado pelo próprio Governo Federal”.
O senador ilustrou o tamanho do buraco econômico reportando-se ao depoimento do prefeito André Gadelha, de Sousa, que é uma importante cidade do Sertão paraibano, que lhe disse: “Cássio, depois de muitos anos, algumas pessoas estão indo à prefeitura pedir comida.”
Hora de união
Ao final, o líder do PSDB disse que: “Numa sociedade de cordeiros, abre-se espaço para governos de lobos. Tudo o que menos precisamos neste instante é de uma sociedade acomodada. Aquilo de que o Brasil menos precisa neste momento é uma sociedade omissa e calada. É hora de que todos aqueles que queiram a verdadeira mudança do Brasil se unam, para que nós possamos construir o Brasil melhor que todos nós queremos, sonhamos e haveremos de ter”.
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