Deputado Onyx Lorenzoni (RS)

Fonte: Assessoria de imprensa

Renato Duque, ex-diretor da estatal, veio à CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, para ficar calado e não comprometer os verdadeiros chefes do esquema de corrupção que destruiu a Petrobras.

Acusado de uma longa lista de crimes, Duque repetiu mais de 50 vezes que iria permanecer calado diante dos questionamentos dos parlamentares. Mesmo assim, os deputados do Democratas insistiram para que ele revelasse o que sabe sobre o Petrolão.

O líder Mendonça Filho (PE), lembrou a ele o caso de Marcos Valério, que não contou o que sabia e acabou pagando praticamente sozinho pelos crimes do Mensalão. “O senhor deve pensar em sua família e colaborar com a justiça”, sugeriu. O deputado disse também que deve ser difícil para quem vê de fora entender o volume dos escândalos surgidos no país recentemente. Além disso, Mendonça disse que acredita no trabalho do Ministério Público, da Justiça Federal e da Justiça Federal. “Felizmente ainda temos instituições nas quais podemos confiar e a verdade acabará aparecendo”, afirmou.

O deputado Onyx Lorenzoni (RS) iniciou sua fala elencando os crimes dos quais o depoente era acusado e lhe lembrou que ele “pegaria, no mínimo, 40 anos no lombo”. O parlamentar disse que Duque poderia entrar para a história como o maior corrupto da história do Brasil. Além disso, Onyx contou que já participou de dezenas de CPIs e que “em todas elas, aqueles que se negaram a falar tinham culpa no cartório”.

CONVOCAÇÃO

Quando foram feitas perguntas envolvendo a família, Duque respondeu. Ele negou ter parentesco com o ex-ministro José Dirceu e que o filho tenha trabalhado para empreiteiras acusadas de participar do esquema de corrupção na Petrobras. Negou ainda que a esposa tenha pedido ajuda ao ex-presidente Lula e ao ex-presidente do Sebrae Paulo Okamoto, quando ele foi preso pela primeira vez em novembro do ano passado.

Em uma de suas poucas manifestações, Duque afirmou que o deputado Onyx o estava ameaçando. Ao que o parlamentar respondeu: “meu caro, a CPI não ameaça, convoca!”.

Na próxima terça-feira (24), em sessão deliberativa, os membros da CPI vão votar o requerimento. Se aprovado, a esposa de Duque será obrigada a comparecer à Câmara.