quarta-feira, 27 de maio de 2015

Com medo de não serem reeleitos, deputados recusam novo sistema eleitoral


Deputados Federais recusaram na noite passada o projeto que mudaria o sistema que elege deputados de proporcional para majoritário.
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira o principal ponto da reforma política (PEC 182/07) proposto pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ): o chamado “distritão”, modelo em que os deputados e vereadores seriam eleitos apenas de acordo com a quantidade de votos recebidos, no sistema majoritário. A proposta foi rejeitada por 267 votos a 210 e 5 abstenções.
Se o projeto fosse aprovado, somente os deputados que realmente alcançassem maior número de votos é que seriam eleitos, fato que aproximaria mais o eleitorado de seu representante, já que apenas aqueles que realmente fossem escolhidos pelo povo é que seguiriam para a Câmara. Mas, isso faria com que muitos dos atuais deputados não se reelegessem nas próximas eleições, pois com o sistema atual, um candidato que consegue grande número de votos consegue eleger até mesmo 4 ou 5 outros candidatos de sua coligação, mesmo estes terem tido números irrisórios de votos.
Celso Russomanno, por exemplo, sozinho, levou outros 4 candidatos de sua sigla para o congresso, por ter uma quantidade muito grande de votos, ou seja, os eleitores de Russomanno não só o elegeram, como elegeram outros 4 junto com ele.
Isso acontece porque no atual sistema (proporcional) o número de cadeiras que cada partido ganha por Estado depende do número total de votos da coligação em que ele participa.
E a boquinha continua, porque a perpetuação no poder é o principal objetivo de muitos que ali estão “representando” o povo.
Com informações: Agencia Câmara e Estadão

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