Mário Góes, apontado pelo Ministério Público como operador de propinas da Petrobras, presta depoimento na CPI em Curitiba
O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o advogado David Teixeira de Azevedo bateram boca durante o depoimento de Mário Góes, preso pela operação Lava Jato, à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, que realiza audiência, hoje, em Curitiba. Azevedo defende o também preso Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
A confusão ocorreu quando Onyx fazia duras críticas a Góes, e a advogada do depoente pediu ao presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que ele garantisse a manutenção do "respeito" a Góes durante a audiência. Onyx reagiu negativamente à solicitação. "Advogada orienta cliente, mas não tem autoridade para interferir na nossa investigação", afirmou o parlamentar.
"Pela ordem senhor presidente, o senhor [referindo-se a Onyx] respeite a classe dos advogados", gritou Azevedo da plateia, causando certo tumulto. Imediatamente, Motta interferiu e restabeleceu a tranquilidade da reunião.
Por orientação de sua defesa, Góes ficou em silêncio no depoimento de hoje. Ele respondeu que permaneceria calado nove vezes após insistentes questionamentos dos deputados. Góes está preso desde fevereiro em Curitiba por suspeita de participação no esquema de corrupção.
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