Lauro Jardim - O Globo
A CPI da Petrobras está diante de um dilema: convocar ou não os deputados e senadores acusados de recorrer à estatal para obter doações eleitorais. Os nomes de todos são conhecidos. A CPI chove no molhado, ou no espetáculo, ao só ouvir os delatores. Nenhum dos acusados pode se defender. A cobrança da mudança de rumo da comissão foi feita, ontem, pelo deputado Ivan Valente (PSOL).
No PT, a bancada deu um puxão de orelhas no seu líder, Sibá Machado. Os petistas não só rejeitaram fechar questão na votação da MP 665 como impediram que o líder tomasse uma decisão a portas fechadas. A reunião petista foi paralisada após duas horas. Nesse momento, Sibá propôs que a posição partidária fosse concluída numa segunda reunião “restrita”, da qual participariam os vice-líderes. Os ex-presidentes da Câmara Marco Maia e Arlindo Chinaglia lideraram um levante contra esse método. Por isso, toda a bancada participou da segunda reunião. Chamou a atenção as queixas contra o ministro Aloizio Mercadante. Resmungavam: “Ele não recebe”.
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