terça-feira, 5 de julho de 2016

Ida de general para Funai sobe tensão com indígenas

Movimentos publicam cartas em repúdio à indicação do general reformado Peternelli (PSC)
El País - Marina Rossi e Afonso Benites
Poucos dias antes de ser afastada da presidência da República, Dilma Rousseff acelerou processos de reconhecimento e homologação de terras indígenas. A ação fazia parte de um pacote de acenos a movimentos historicamente ligados ao PT, dentre eles o indígena, para fazer uma reaproximação e garantir apoio durante seu afastamento após uma relação cheia de altos e baixos. Dias após assumir como ministro da Justiça do Governo interino, Alexandre Moraes disse à Folha de S. Paulo que iria rever “demarcações de terras indígenas que foram feitas, se não na correria, no apagar das luzes”.
Foi a largada da tensão entre o Governo Temer e o movimento indígena, que chegou a um novo patamar, com as negociações para que um general reformado assuma a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Na semana passada, começou a ganhar força o nome de Roberto Sebastião Peternelli, do PSC, para o comando do principal órgão da política indigenista. Mesmo não tendo sido confirmada e oficializada, a indicação causou uma série de reações. A mais recente ocorreu nesta segunda-feira à tarde, quando servidores da Funai foram até o Ministério da Justiça protocolar uma carta de repúdio à indicação do general.

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