Movimentos publicam cartas em repúdio à indicação do general reformado Peternelli (PSC)
El País - Marina Rossi e Afonso Benites
Poucos
dias antes de ser afastada da presidência da República, Dilma Rousseff
acelerou processos de reconhecimento e homologação de terras indígenas. A
ação fazia parte de um pacote de acenos a movimentos historicamente
ligados ao PT, dentre eles o indígena, para fazer uma reaproximação e
garantir apoio durante seu afastamento após uma relação cheia de altos e
baixos. Dias após assumir como ministro da Justiça do Governo interino,
Alexandre Moraes disse à Folha de S. Paulo que iria rever “demarcações
de terras indígenas que foram feitas, se não na correria, no apagar das
luzes”.
Foi
a largada da tensão entre o Governo Temer e o movimento indígena, que
chegou a um novo patamar, com as negociações para que um general
reformado assuma a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Na
semana passada, começou a ganhar força o nome de Roberto Sebastião
Peternelli, do PSC, para o comando do principal órgão da política
indigenista. Mesmo não tendo sido confirmada e oficializada, a indicação
causou uma série de reações. A mais recente ocorreu nesta segunda-feira
à tarde, quando servidores da Funai foram até o Ministério da Justiça
protocolar uma carta de repúdio à indicação do general.
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