Por trás do resultado da escolha do novo líder do PSB na Câmara dos Deputados, ontem à noite em Brasília, é possível captar bastidores que têm tudo a ver com mais um capítulo da disputa interna e surda que se trava entre duas correntes do partido que tendem a medir forças nas eleições de 2018. A nova líder, Tereza Cristina (MS), que frustrou o sonho de Tadeu Alencar em virar personagem nacional, teve o apoio do senador Fernando Bezerra Coelho e do seu filho, o ministro Fernando Filho, de Minas e Energia.
Fernando se aliou ao grupo do PSB paulista, comandado de São Paulo pelo vice-governador Márcio França, para derrotar a ala hegemônica do partido em Pernambuco, liderada pelo governador e o prefeito do Recife, que lhe negam pão e água.
A eleição do novo líder do PSB levou Paulo Câmara a usar das suas prerrogativas de demitir o secretário de Turismo, Felipe Carreras, por uma semana, para este, na condição de mandatário de uma das cadeiras do PSB na Câmara Federal, reforçar a votação em Tadeu Alencar. Mas de nada adiantou. Além da maioria fiel à ala do socialismo paulista, a nova líder contou com o voto velado do deputado João Fernando Coutinho, um ex-eduardista que provou e gostou da cenoura dos Coelhos, virando fiel apóstolo do senador Fernando Bezerra.
Com duas derrotas seguidas - a primeira foi abocanhar o Ministério de Minas e Energia a contragosto do governador - o senador de Petrolina vai se firmando como a grande liderança do PSB pernambucano que contraria com competência os que se julgam dono do partido.
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