Por Gabriel Garcia
A candidatura à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), transita entre a glória e a incerteza, faltando pouco mais de uma semana para a eleição, a ser realizada em 2 de fevereiro.
No campo jurídico, o artigo 57 da Constituição Federal é claro ao vetar a reeleição na mesma Legislatura – independente de interpretação, como defendem aliados de Maia. O democrata, no entanto, está convencido que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal endossará a candidatura.
Na semana passada, Maia levou um susto do juiz substituto Eduardo Ribeiro de Oliveira, da 15ª Vara Federal. Em decisão liminar, ele derrubou a candidatura do presidente da Câmara. Ontem (23), o presidente do TRF 1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), desembargador Hilton Queiroz, derrubou a decisão.
Ciscando de um tribunal para o outro, a decisão caiu no escaninho do ministro do Celso de Melo. De acordo com informações de bastidores, o decano do Suremp tende a referendar a candidatura de Maia. Mas não há garantia. Maia se ancora em rumores de que a Corte Suprema pretende garantir a governabilidade do presidente Michel Temer.
No campo político, Maia costura uma aliança capaz de garantir uma vitória esmagadora sobre os adversários André Figueiredo (PDT-CE), Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF).
Pelo leque de partidos fixados à aliança, serão 350 votos, com folga. São legendas de direita, centro e, pasmem, de esquerda (PCdoB e PT).
Aos adversários, a fé está no Judiciário, que pode abrir nova brecha na Constituição para permitir a candidatura à reeleição do presidente da Câmara. No voto, Maia é imbatível.
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