Câmara dos Deputados
O Globo - Ilimar Franco
A cúpula peemedebista chega à reta final da disputa pelo comando da Câmara preocupada com a briga na bancada pela primeira vice-presidência. O governo teme que a falta de acordo por um nome único tenha reflexos na conduta dos deputados durante o semestre. Com reforma da Previdência e trabalhista pela frente, o sonho do presidente Michel Temer é ter pelo menos os 65 deputados peemedebistas jogando junto do governo.
Há quase 10 deputados do PMDB - Lúcio Vieira Lima (BA) (foto), José Priante (PA), Sérgio de Souza (PR), Carlos Marun (MS), Elcione Barbalho (PA), Valdir Colatto (SC), Fábio Ramalho (MG) e Osmar Serraglio (PR) - com pretensões de se tornar vice-presidente da Câmara, cargo que ganhou ainda mais importância depois do impeachment da ex-presidente Dilma. Isso porque, sem vice, o presidente da Câmara se tornou o primeiro substituto do presidente Temer, em casos de ausência dele, e, por consequência, o vice da Casa tem mais oportunidades de assumir o controle no Congresso.
Entre os deputados, hoje, Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro Geddel, é visto como o mais forte. Incomoda aos colegas notícias de que o governo está pedindo votos para ele. Diante do desconforto, Temer orientou o núcleo político a repetir o mantra de que não está interferindo na disputa e que a escolha cabe apenas aos deputados.
Na sexta-feira, o líder da bancada, Baleia Rossi (SP) (foto), mandou mensagem aos colegas comunicando que a escolha será feita na terça-feira.
-- Espero que, depois do resultado, sejamos um só time defendendo nosso candidato oficial. Trabalharemos sempre pela união da bancada. Essa é a posição também do nosso governo, que não está interferindo nesse processo e respeitará a vontade de nossa maioria -- disse o líder.
No texto, ele pede ainda que os perdedores não se lancem como candidatos avulsos.
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