O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã de hoje, que a rejeição da sociedade ao PSDB, de acordo com recentes pesquisas, prejudica a imagem do pré-candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin (SP). "Ele é um bom governador. Mas a rejeição do PSDB é hoje maior que a do PT, e isso está contaminando a imagem dele [do pré-candidato tucano]", disse. O deputado do DEM lança, amanhã, a sua pré-candidatura à Presidência da República na convenção nacional do DEM em Brasília. Ouça a entrevista.
Maia argumentou que o Brasil vive, hoje, o fim de um longo ciclo político de polarização entre dois partidos: o PT e o PSDB. Para ele, a população está cansada dessa "polarização" e vai procurar uma alternativa nessa eleição. E frisou: "Tenho muitas dúvidas sobre a vitória do PSDB nas eleições", disse.
O deputado afirmou que os partidos de centro-direita não podem deixar espaço aberto para a oposição nesta eleição. "Se não conseguirmos uma alternativa, vamos entregar a eleição novamente para a oposição, seja o PT, o Ciro Gomes, que têm uma visão atrasada sobre a economia", afirmou.
Ao ser questionado se poderá vir a ser o candidato que representa o governo nesta disputa eleitoral, Maia não respondeu diretamente mas afirmou que irá defender propostas relacionadas ao atual governo sempre que forem "convergentes" com o seu projeto. Disse que quer ser o candidato "de um projeto" e que vai "olhar para o futuro".
"Um candidato que defende o atual governo estará defendendo o passado, não o futuro, (...) e terá poucas chances de vitória", disse, acrescentando que o governo vai ter dificuldade de "colocar um candidato nesse jogo" pela Presidência do Brasil. Para ele, a eventual candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ou a tentativa de reeleição de Michel Temer simbolizarão o "passado" recente, onde a população sofreu com a recessão e o desemprego.
Maia afirmou que o sucesso da economia brasileira - retratado na melhora do mercado de trabalho, por exemplo - "ficou na conta" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto que a piora "ficou na conta do governo Temer". "Apesar de Brasil já estar crescendo, não existe uma sensação de melhora por parte da sociedade", afirmou.
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