O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ) cassou o registro de candidatura e declarou inelegíveis por oito anos a deputada estadual eleita Daniele Guerreiro (PMDB) e o deputado estadual Roberto Henriques (PSD), eleito segundo suplente. Segundo as ações movidas pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/RJ), durante a campanha eleitoral, ambos utilizaram indevidamente os meios de comunicação.
No caso de Daniele, a PRE/RJ entendeu que o jornal Panorama, de Mesquita, na Baixada Fluminense, veiculou diversas notícias com o objetivo de beneficiá-la nas eleições de 2014. As reportagens transmitiam a ideia que a candidatura de Daniele, esposa do prefeito do município, Gelsinho Guerreiro, seria consenso em Mesquita e de que ela estaria sendo perseguida por poderosos. O fundador do jornal, Rogério Santana da Silva, e a presidente do periódico, Jania Bizarelli, também foram condenados.
Já no caso de Roberto Henriques, o uso indevido do meio de comunicação aconteceu por abuso à liberdade de imprensa praticado pelo jornal Repórter, do Norte-noroeste do estado. De acordo com a ação da PRE/RJ, as notícias veiculadas exaltaram constantemente o cargo ocupado pelo deputado, com a seleção de discursos e frases de efeito e a confecção de fotos em tom de aclamação, além do uso de adjetivos que demonstraram a promoção indevida do então candidato à Assembleia Legislativa (Alerj). Os réus ainda podem recorrer da decisão.
"Essa decisão é muito positiva, pois é fruto da fiscalização do Ministério Público Eleitoral e reflete o empenho da Justiça Eleitoral em manter a igualdade e a lisura das eleições no Estado do Rio de Janeiro", disse em nota o procurador regional eleitoral Paulo Roberto Bérenger.
Nenhum comentário:
Postar um comentário