Por Felipe Recondo
Brasília
O ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) volta a ser investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) um ano depois de ser absolvido na última ação penal aberta contra ele em razão do escândalo que levou ao seu impeachment.
Desta vez, será investigado porque na Operação Lava Jato a Polícia Federal encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssef comprovantes de depósitos bancários que tinham o senador Fernando Collor como beneficiário.
No ano passado, Collor enfrentou o último julgamento de uma longa batalha judicial no Supremo iniciada após o escândalo de corrupção que o tirou do cargo em 1992. Foram 14 inquéritos abertos, 8 petições criminais e 4 ações penais. Todos acabaram arquivados.
No último, o senador Fernando Collor foi absolvido por falta de provas da acusação de envolvimento em esquema de desvio de verba pública por meio de contratos de publicidade. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Collor tinha despesas pessoais pagas pelas empresas beneficiadas pelas irregularidades.
O resultado levou o senador à tribuna do Senado. “O resultado, nem sempre reproduzido pelos meios na mesma proporção das notícias precedentes ou com a mesma fidedignidade dos fatos, covardia, isto é, covardia, veio não apenas me aliviar das angústias que tenho vivenciado nos últimos 23 anos, mas, igualmente, veio reescrever a história do Brasil na parte referente ao período em que exerci, com muito orgulho e honra, pelo voto direto de todos os brasileiros, a Presidência da República Federativa do Brasil”, afirmou o ex-presidente no discurso.
Também aparece na lista o senador Lindberg Farias (PT-RJ), que foi um dos líderes do movimento dos caras-pintadas, movimento de base estudantil que mobilizou o país pelo impeachment de Collor. O senador já disse que é preciso separar, no caso da Lava Jato, o que é corrupção e o que é doação legal das empreiteiras envolvidas a campanhas políticas, o que seria o seu caso.
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