O ex-presidente Lula é o mais novo personagem da crise política que agita Brasília neste final de semana.
É que a Procuradoria da República no Distrito Federal instaurou inquérito contra ele por suspeita de que teria obtido “vantagens econômicas da empreiteira Odebrecht, a pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente dos governos da República Dominicana e de Cuba (neste caso, em relação a obras financiadas pelo BNDES) e por agentes públicos federais brasileiros”.
Após a abertura do inquérito, todos os instrumentos investigatórios poderão ser utilizados contra o ex-presidente, tais como mandado de busca e apreensão e quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico.
A investigação está sendo conduzida pela procuradora Mirela Aguiar, que já deu ciência do fato ao procurador geral da República, Rodrigo Janot.
O Ministério Público pede que sejam encaminhados recibos, correspondências e outros materiais que envolvam o BNDES, o Instituto Lula, o próprio ex-presidente e a empresa LILS Palestras Eventos e Publicidade, que pertence ao petista.
Uma das suspeitas é que a Odebrecht teria pago despesas de viagem do ex-presidente, mesmo não sendo viagens de trabalho, o que caracterizaria “tráfico de influência internacional”.
Junto aos documentos de investigações encaminhados pela Polícia Federal, a pedido da Procuradoria, estão listadas 38 saídas do ex-presidente do território nacional entre fevereiro de 2011 e dezembro de 2014, ou seja, após ter deixado o cargo de Presidente da República.
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