O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) se antecipou ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, seu colega de partido, e fez hoje – a três dias do recesso parlamentar - um balanço dos trabalhos executados pela Casa neste primeiro semestre do ano.
Em pronunciamento na manhã de hoje, Jarbas classificou como precárias e medíocres as votações e discussões colocadas em prática na Câmara. “A presidência quer passar uma imagem de que a Casa está atuando da forma devida. Mas não está. O período foi marcado por pautas, agendas e votações cheias de remendos e manobras regimentais”, afirmou.
A pressa e o açodamento, segundo Jarbas, fizeram com que assuntos importantes passassem pela Câmara sem a devida discussão. Entre esses temas sinalizados pelo deputado estiveram a terceirização, a reforma política e a redução da maioridade penal. “O que foi aprovado na Casa em relação à terceirização não agradou nem os trabalhadores nem os empregadores. Os pontos da reforma política que já passaram são vergonhosos. Não houve nenhuma reforma até agora. E o tema da maioridade, onde dois lados da questão têm argumentos válidos, não podia ter passado com uma discussão rasa e remendada como ocorreu”, avalia.
As constantes mudanças de agenda e de horário das sessões também foram citadas no balanço do deputado. Para ele, a leitura da presidência da Casa de que o os trabalhos madrugada adentro significam “mostrar serviço à população” é equivocada. “Isso, na verdade, mostra como estamos trabalhando de forma precipitada e desordenada, atropelando as discussões e fazendo com que temas extremamente importantes para o País sejam votados de forma precária”.
Para o próximo semestre, Jarbas espera um resgate do debate de qualidade e que o trabalho na Câmara seja racional, objetivo, organizado e decente. “Numa Casa onde está em jogo projetos e ações que mexem na vida da população brasileira, não é correto trabalhar de forma medíocre e confusa, como foi feito neste primeiro semestre”.
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