Investigadores da Operação Lava-Jato concluíram que as obras para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, tiveram um sobrepreço de R$ 648 milhões. Os valores constam de um laudo da Polícia Federal sobre o impacto do esquema de corrupção nos cofres da Petrobras. A força-tarefa estima que os prejuízos podem chegar a R$ 19 bilhões.
De acordo com o documento divulgado pelo Jornal Nacional nesta terça-feira, a obra custou, pelo menos, 16% acima dos valores praticados no mercado. O consórcio investigado pela PF é liderado pela construtora Camargo Corrêa que negou a existência de sobrepreço.
O documento levanta ainda a suspeita em contratos assinado pelo consórcio com empresas investigadas pela Lava-Jato. Pelo menos R$ 126 milhões foram gastos em empresas e consultorias supostamente usadas para lavar dinheiro no esquema. Entre elas a JD Assessoria, do ex-ministro José Dirceu, que nega qualquer tipo de irregularidade.
Em abril, dois delatores da cúpula da Camargo Corrêa confirmaram à PF o pagamento de propina em dez obras da Petrobras, entre elas Abreu e Lima. De acordo com vice-presidente, Eduardo Leite, a propina paga entre 2007 e 2012 chegou a R$ 110 milhões. (De O Globo)
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