O passatempo de parlamentares em plenário nesta quinta-feira era listar colegas que, a exemplo de Cunha em sessão da CPI da Petrobras, foram alvo de desagravo quando vítimas de denúncias incipientes. Demóstenes Torres, José Roberto Arruda e Luiz Estevão figuravam na relação. Todos, passado alguns meses, "desabaram". A informação é de Vera Magalhães, na Folha de .Paulo desta sexta-feira.
Segundo a colunist, a promessa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de que decidirá sobre todos os pedidos de impeachment –inclusive o de Hélio Bicudo– em até 15 dias foi vista como a última cartada do presidente da Câmara na tentativa de manter a oposição ao seu lado. PSDB e DEM, no entanto, já fizeram chegar ao peemedebista que, tão logo e se aparecer prova de que ele mentiu em depoimento à CPI da Petrobras e tem mesmo conta no exterior, o alinhamento hoje vigente vai ruir.
O efeito na oposição sobre as revelações do dinheiro de Cunha no exterior foi assim resumido por um deputado: "Resta agora rezar para que a conta só apareça mesmo depois da votação do impeachment".
Aliados de Dilma Rousseff lembram que, toda vez que o peemedebista se sentiu por algum motivo encurralado, veio uma reação forte contra o Planalto.
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