Renan Calheiros, Lewandowski e Lira em reunião no Senado. CADU GOMES EFE
Comissão aprova parecer que concluiu que presidenta cometeu crime de responsabilidade
El País: Afonso Benites
O Senado da República deu mais um passo para votar o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff (PT) no fim do mês. Nesta quinta-feira, na véspera da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio à qual Rousseff não deve compar os senadores da Comissão Especial do Impeachment aprovaram por 14 votos a 5 o relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) a favor da criminalização da petista. No documento, o tucano entendeu que a mandatária cometeu crime de responsabilidade fiscal o assinar decretos de crédito orçamentário sem o prévio consentimento do Congresso Nacional assim como ao fazer as pedaladas fiscais, manobra para maquiar as contas estatais.
Logo após a aprovação, marcada por protestos dos aliados de Rousseff que entendem que ela é vítima de um "golpe" porque consideram o processo falho e ilegítimo, os líderes das bancadas partidárias no Senado e o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniram com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. O encontro era para definir o rito da sessão de pronúncia da presidenta, na próxima terça-feira, dia 9. Nesta sessão, prevista para iniciar às 9h e durar cerca de 20 horas, a presidenta deverá se tornar ré pelo crime de responsabilidade fiscal. Para que isso ocorra, é preciso que a metade mais um dos senadores presentes concordem com essa possibilidade. O julgamento dela, em si, só deve acontecer a partir do dia 26 de agosto e pode durar até uma semana.
Levando em conta a votação do processo de abertura mais as declarações feitas por senadores até o momento, a expectativa no meio político é que Rousseff tenha seu mandato encurtado. Para que isso aconteça, são necessários os votos de 54 dos 81 parlamentares. Se esse número não for alcançado, ela volta a presidir o país até o fim de 2018.
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