De Andréia Sadi, do G1
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque detalhou em pelo menos dois anexos de sua delação premiada operações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O novo delator da Lava Jato quer desmentir versão apresentada pelo petista ao juiz federal Sérgio Moro no qual falou de encontro com Duque, em um hangar do aeroporto de São Paulo, para perguntar sobre contas no exterior do ex-diretor da estatal.
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque detalhou em pelo menos dois anexos de sua delação premiada operações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O novo delator da Lava Jato quer desmentir versão apresentada pelo petista ao juiz federal Sérgio Moro no qual falou de encontro com Duque, em um hangar do aeroporto de São Paulo, para perguntar sobre contas no exterior do ex-diretor da estatal.
Nesses dois anexos, estão detalhados os encontros com Lula e o esquema de propinas envolvendo a Sete Brasil, empresa que tinha contratos com a Petrobras para a construção de navios-sonda.
Segundo Renato Duque, o dinheiro de propina da Sete Brasil teria abastecido contas do PT, de José Dirceu e de Lula. Ainda de acordo com o delator, o ex-ministro Antonio Palocci teria gerenciado os valores desviados para o presidente na época em que estava no governo.
O Blog apurou que Palocci também deve confirmar a informação de Duque em sua delação premiada.
Em outro anexo, o ex-diretor de Serviços da Petrbras fala dos encontros com Lula, como o que ocorreu no hangar do aeroporto de São Paulo, em 2014. Lula confirmou o encontro e disse que pediu a João Vaccari Neto que marcasse a reunião.
Duque afirma que o registro das passagens são os voos JJ 3929 e JJ 3944, ida e volta Rio-Congonhas.
Uma pessoa ouvida pelo Blog que acompanha as investigações disse que a versão de Lula, de que pediu o encontro no hangar com Duque após relatos na mídia de uma conta no exterior, será confrontada.
Motivo: interlocutores do ex-diretor da Petrobras sustentam que, até a data do encontro, não havia notícia consistente de conta no exterior de Duque.
Lula confirmou em depoimento a Moro que esteve com Duque no hangar em São Paulo, mas não se lembrava da data. Nesta semana, em petição à Justiça, o delator informou que o encontro ocorreu em 2 de junho de 2014.
No depoimento, o ex-presidente da República foi questionado por Moro sobre a data em que havia ocorrido a conversa.
"Eu não tenho ideia, doutor. Sei que foi num hangar lá em Congonhas, e a pergunta que eu fiz para o Duque foi simples: tem matéria nos jornais, tem denúncia de que você tem dinheiro no exterior, de que está pegando da Petrobras. Você tem conta no exterior? Ele falou: 'não tenho'. Acabou."
Em cronologia discutida pelo ex-diretor, Duque relembra que a primeira notícia que explicitava sua relação com empresas suspeitas de pagamento de propina na Petrobras foi em 29 de junho de 2014.
Tratava-se de uma reportagem sobre uma viagem oferecida pela SBM Offshore, suspeita de pagar propina a funcionários da Petrobras em troca de contratos.
Sobre as contas de Duque, a primeira informação sobre isso sairia no período em que ele foi preso: novembro de 2014.
À Folha, no sábado (20), Doria definiu Loures como "uma pessoa a quem eu tinha estima" e disse "lamentar muito essa conduta". Ao peemedebista cabe se defender e, se culpado for, "aceitar as consequências". Lembrou ainda que "eu estava presente e ele também" em evento do Itaú.
Os dois participaram de conferência do banco em Nova York. Na cidade, Loures se reuniu com possíveis investidores a convite do Eurasia Group. "Ele estava em NY para o evento do prefeito, e o convidamos para falar com nossos clientes sobre as reformas no Congresso", afirma Alexsandra Sanford, diretora de comunicação da consultoria.
Os dois participaram de conferência do banco em Nova York. Na cidade, Loures se reuniu com possíveis investidores a convite do Eurasia Group. "Ele estava em NY para o evento do prefeito, e o convidamos para falar com nossos clientes sobre as reformas no Congresso", afirma Alexsandra Sanford, diretora de comunicação da consultoria.
Na conversa com Joesley Batista, Loures já divagara sobre a dupla jornada de político e empresário. "Sabe que eu sou uma espécie de híbrido? Como venho da iniciativa privada a gente tem a nossa empresa, vivo da vida real, das dificuldades e oportunidades da vida empresarial."
A empresa em questão é a Nutrimental, que seu pai fundou em 1968, produzindo feijão desidratado para merenda escolar. O perfil da companhia mudou após Rodriguinho, como o deputado afastado é chamado, inventar barrinhas de cereais depois batizadas de Nutry pedido do navegador Amyr Klink, que queria algo leve e saudável para suas viagens.
A ideia aproximou o clã do PIB –o pai, homônimo seu, preside o conselho de inovação da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A política também está no DNA dos Loures desde os tempos do Paraná província: um ascendente de Rodriguinho foi deputado provincial entre 1862 e 1863, e seu avô, deputado nos anos 1950.
Em sua primeira campanha (foi eleito à Câmara em 2006), bradou: "Sou bisneto, neto e filho de uma dinastia que serve ao Paraná! Do alto da pirâmide milionária da Fiep [Federação das Indústrias do Paraná] nos contemplam 500 anos de fome, subdesenvolvimento e analfabetismo político".
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