O Democratas permanece na base do governo. O líder da bancada do partido, o deputado ederal Efraim Filho (DEM), disse que os próximos dias serão decisivos para uma tomada de posição da legenda. O parlamentar paraibano concedeu entrevista à BBC Brasil neste domingo (21), reproduzida aqui abaixo:
BBC Brasil – O DEM vai fazer outra reunião para discutir a situação do governo Temer?
Efraim Filho – A priori não. Estamos esperando ter informação completa sobre tudo. Acho que este momento é de buscar informação. Não adianta você deliberar sem informação. É por aí que a gente está seguindo.
BBC Brasil – Seria precipitado sair agora?
Efraim Filho – O ministro Mendonça continua à frente da Educação e vamos buscar mais informação para poder fazer uma avaliação mais completa do cenário.
BBC Brasil – Tem como andar com as reformas agora?
Efraim Filho – Acredito que as reformas são uma agenda do país, não são a agenda de um governo. O Brasil é maior do que nomes.
Então, o interessante é que ela seja uma agenda de Estado e não uma agenda de governo. Agora, a cada dia tem um novo desafio. Acho que neste momento a crise institucional é a agenda principal a ser discutida e assim que for ultrapassada, seja de qual forma for, as reformas devem voltar à pauta do país.
BBC Brasil – O DEM me parece mais inclinado a manter o apoio ao presidente. É uma leitura correta?
Efraim Filho – Não, o DEM tem responsabilidade com o país. Então neste momento é ter responsabilidade com o país e só deliberar depois que puder fazer uma avaliação completa das informações e dos cenários. As coisas têm chegado a conta gotas, com certeza o momento é delicado, as denúncias são graves, mas existe também muita contestação com os procedimentos que foram adotados com os delatores.
É uma benevolência sem precedentes. Eles cometeram crime, ganharam dinheiro com a crise, isso também deve ser contestado. Não pode o Supremo e o Ministério Público acharem natural que delator ganhe dinheiro com a crise. Então tem que ser avaliado de todos os lados e é isso que o Democratas está fazendo nesse momento.
BBC Brasil – O senhor acha que houve armação?
Efraim Filho – Não, não trabalho com essa hipótese. Mas tem que ver os procedimentos que foram usados com os delatores.
Acho que as investigações sobre a responsabilidade do presidente Temer têm que ser aprofundadas, defendemos isso. Agora, não pode os delatores gozarem da benevolência de terem cometidos os crimes e hoje saírem ricos do caos provocado por eles mesmos.
BBC Brasil – Mas isso não retira os problemas que recaem sobre Temer.
Efraim Filho – De forma alguma. Não estou justificando uma coisa com outra. Estou dizendo que temos que avaliar o cenário como um todo.
Isso tem gerado uma reação muito forte também da sociedade, acabou gerando um sentimento de impunidade. Eles se aproveitaram dos subsídios públicos, fizeram fortuna e praticamente saíram sem dever nada à Justiça e ao país.
BBC Brasil – O DEM deve tomar uma decisão nesta semana sobre permanecer no governo?
Efraim Filho – Depende do acesso à informação. Até que ponto vamos ter acesso completo à informação para poder fazer essa avaliação.
BBC Brasil – Mas que informação está faltando para os senhores?
Efraim Filho – Não… Você hoje tem informação sobre delação que não tinha ontem, está entendendo?
– Amanhã vamos ter notícias novas que não temos hoje. Então, na quarta-feira o Supremo se pronuncia sobre a suspenção ou não do inquérito.
Redação com BBC Brasil
BBC Brasil – O DEM vai fazer outra reunião para discutir a situação do governo Temer?
Efraim Filho – A priori não. Estamos esperando ter informação completa sobre tudo. Acho que este momento é de buscar informação. Não adianta você deliberar sem informação. É por aí que a gente está seguindo.
BBC Brasil – Seria precipitado sair agora?
Efraim Filho – O ministro Mendonça continua à frente da Educação e vamos buscar mais informação para poder fazer uma avaliação mais completa do cenário.
BBC Brasil – Tem como andar com as reformas agora?
Efraim Filho – Acredito que as reformas são uma agenda do país, não são a agenda de um governo. O Brasil é maior do que nomes.
Então, o interessante é que ela seja uma agenda de Estado e não uma agenda de governo. Agora, a cada dia tem um novo desafio. Acho que neste momento a crise institucional é a agenda principal a ser discutida e assim que for ultrapassada, seja de qual forma for, as reformas devem voltar à pauta do país.
BBC Brasil – O DEM me parece mais inclinado a manter o apoio ao presidente. É uma leitura correta?
Efraim Filho – Não, o DEM tem responsabilidade com o país. Então neste momento é ter responsabilidade com o país e só deliberar depois que puder fazer uma avaliação completa das informações e dos cenários. As coisas têm chegado a conta gotas, com certeza o momento é delicado, as denúncias são graves, mas existe também muita contestação com os procedimentos que foram adotados com os delatores.
É uma benevolência sem precedentes. Eles cometeram crime, ganharam dinheiro com a crise, isso também deve ser contestado. Não pode o Supremo e o Ministério Público acharem natural que delator ganhe dinheiro com a crise. Então tem que ser avaliado de todos os lados e é isso que o Democratas está fazendo nesse momento.
BBC Brasil – O senhor acha que houve armação?
Efraim Filho – Não, não trabalho com essa hipótese. Mas tem que ver os procedimentos que foram usados com os delatores.
Acho que as investigações sobre a responsabilidade do presidente Temer têm que ser aprofundadas, defendemos isso. Agora, não pode os delatores gozarem da benevolência de terem cometidos os crimes e hoje saírem ricos do caos provocado por eles mesmos.
BBC Brasil – Mas isso não retira os problemas que recaem sobre Temer.
Efraim Filho – De forma alguma. Não estou justificando uma coisa com outra. Estou dizendo que temos que avaliar o cenário como um todo.
Isso tem gerado uma reação muito forte também da sociedade, acabou gerando um sentimento de impunidade. Eles se aproveitaram dos subsídios públicos, fizeram fortuna e praticamente saíram sem dever nada à Justiça e ao país.
BBC Brasil – O DEM deve tomar uma decisão nesta semana sobre permanecer no governo?
Efraim Filho – Depende do acesso à informação. Até que ponto vamos ter acesso completo à informação para poder fazer essa avaliação.
BBC Brasil – Mas que informação está faltando para os senhores?
Efraim Filho – Não… Você hoje tem informação sobre delação que não tinha ontem, está entendendo?
– Amanhã vamos ter notícias novas que não temos hoje. Então, na quarta-feira o Supremo se pronuncia sobre a suspenção ou não do inquérito.
Redação com BBC Brasil
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