Modelo de eventual eleição indireta causa disputa entre Câmara e Senado
Folha de S. Paulo -
Por Mônica Bergamo
Deputados e senadores travam disputa para saber quem terá mais peso em uma eventual eleição indireta para escolher o sucessor de Michel Temer. A Câmara dos Deputados defende eleição unicameral, ou seja, o Congresso, reunião de deputados e senadores, elege o futuro presidente.
Com isso, os deputados passam a ter peso incontrastável na escolha, já que eles são 513, contra 81 senadores. Nesse cenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, emerge como candidato imbatível.
Já senadores dizem que a eleição deve ser bicameral: o futuro presidente teria que vencer entre os 513 deputados e, em eleição separada, entre os 81 senadores. Com isso, eles ganham peso. E nomes como o do senador Tasso Jereissati teriam mais chance.
"Essa solução poderia levar a um impasse, com a possibilidade de jamais termos um vencedor", diz, por exemplo, o deputado Orlando Silva (PC do B-SP).
A lei que versa sobre eleição indireta é de 1964. Há o entendimento de que ela não foi recepcionada pela Constituição de 1988. Novas regras, portanto, teriam que ser discutidas agora.
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