O PMDB funciona como uma federação de partido, onde todo mundo respeita todo mundo
A essa altura dos fatos, está clara a disposição do PMDB de Pernambuco de não entregar o controle do partido ao senador Fernando Bezerra Coelho, segundo promessa que lhe foi feita pelo presidente nacional da agremiação, senador Romero Jucá. O ministro Fernando Filho parece tão seguro de que o pai será o novo mandachuva do partido que chegou a declarar, em tom de vitória, que as bases da ocupação estão lançadas. Ou seja, ou o senador Fernando Bezerra assumiria o controle “pelo entendimento”, hipótese desejada por ele e pelo pai, ou então pela intervenção. Só que intervir em diretórios estaduais que eventualmente discordem do nacional nunca foi da tradição do PMDB, onde todo mundo respeita todo mundo. Até porque intervir em Pernambuco abriria precedente para que se interviesse amanhã no Rio Grande do Sul, depois de amanhã em Santa Catarina, e por aí vai. O PMDB funciona há muitos anos como uma federação de partidos regionais, com uma liderança forte em cada um deles e sem nenhum tipo de subordinação à direção nacional. Por tudo isso já é possível supor que Romero Jucá vendeu uma mercadoria a Fernando Bezerra que talvez não tenha condições de entregar.
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