Presidente da Câmara quer priorizar só reforma previdenciária
Blog do Kennedy
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está certo ao dizer que dar a mesma velocidade à tramitação congressual da reforma da Previdência e do pacote anticrime poderá ser prejudicial aos objetivos do governo Bolsonaro.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, discorda de Maia e pede que o seu pacote de medidas de combate à corrupção seja apreciado por deputados e senadores no mesmo período de análise da reforma previdenciária.
Nessa contenda, Maia tem razão. E o presidente Jair Bolsonaro, que se comprometeu no convite a Moro em bancar na largada o seu pacote de mudanças penais, terá de tomar uma decisão difícil. Dar o mesmo peso à reforma da Previdência e às medidas sugeridas pelo ministro da Justiça ou escolher um dos temas para votar antes.
Mesmo que Bolsonaro dê apoio a Moro, há um detalhe importante: quem controla o ritmo de votações na Câmara é o presidente da Casa.
A história de governos bem-sucedidos no Congresso, como foram as gestões FHC e Lula, mostra que é melhor dedicar a energia legislativa à proposta mais importante. Não há dúvida de que a reforma da Previdência é a mais necessária ao país. Aliás, o pacote de Moro aposta num caminho de aumento de rigor penal que não tem dado resultado
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