MDB, PSD e PSDB são os partidos com mais senadores; dos 54 eleitos que tomam posse, apenas 8 foram reeleitos. Mulheres representarão 14,8% da nova configuração: serão 12 senadoras.
Por Gustavo Garcia e João Cláudio Netto, G1 e TV Globo — Brasília
O Senado retomará as atividades nesta sexta-feira (1º) com a posse dos parlamentares eleitos e a escolha do novo presidente da Casa.
Esta será o maior índice de renovação da história da Casa desde a redemocratização. Dos 54 senadores que tomam posse, na sessão prevista para iniciar às 15h, somente oito foram reeleitos.
Perfil do novo Senado
O número de mulheres na nova composição é menor do que o da legislatura passada: 12, o que representa 14,8% dos 81 senadores. Em 2018, havia 13 senadoras.
Outra novidade é que, em 2019, o Senado terá o primeiro parlamentar declaradamente homossexual: Fabiano Contarato (Rede-ES).
- Gênero: Dos 81 senadores da nova legislatura, 69 (85%) são homens e 12 (14,8%) são mulheres.
- Cor: Dos 81 senadores da nova legislatura, 63 (77%) se declararam brancos, 15 (18,5%) se declararam pardos e 3 (3,7%) se declararam pretos.
- Estado Civil: Dos 81 senadores da nova legislatura, 62 (75,3%) são casados, 11 (13,5%)são divorciados, 5 são solteiros, 2 são separados judicialmente e 1 viúvo.
- Escolaridade: Dos 81 senadores da nova legislatura, 65 (80%) têm ensino superior completo, 8 (10%) têm ensino médio completo, 7 têm ensino superior incompleto e 1 tem o ensino fundamental incompleto.
- Idades dos senadores: Aos 85 anos, José Maranhão (MDB-PB) é o senador mais idoso desta nova legislatura. Irajá Abreu (PSD-TO), aos 35 anos, é o mais novo. Segundo a Constituição, a idade mínima para elegibilidade de um senador é 35 anos.
Bancadas
Desde a eleição de outubro de 2018, o tamanho das bancadas sofreu mudanças. Isso porque, até o momento, sete senadores eleitos trocaram de legenda, e o número de partidos que terão representantes na Casa caiu de 21 para 16, um partido a menos em relação às siglas que encerraram 2018 com representantes titulares.
Outras mudanças ainda podem acontecer, uma vez que, diferentemente de deputados, senadores podem trocar de partido quando e quantas vezes quiserem.
Apesar de ter perdido senadores, o MDB continua a legenda com maior número de parlamentares. O partido, que encerrou 2018 com 19 integrantes na bancada, retoma as atividades legislativas com 13.
Outro exemplo é o PSD, que tinha cinco parlamentares em 2018 e contará com 10 integrantes na bancada.
O PSDB, por outro lado. caiu de 13 para oito senadores na comparação entre 2018 e 2019 e fecha a lista das siglas que, até o momento, terão as maiores bancadas da Casa.
PT, DEM e Progressistas devem ficar com seis senadores cada nos próximos anos. Podemos, cinco. PDT e PSL iniciam o ano com quatro senadores cada.
Partidos sem representação
Com as trocas partidárias, três partidos que teriam representantes – de acordo com as eleições de outubro – não vão ter mais senadores no início das atividades legislativas: SD, PRP e PTC.
Importância das bancadas
Constituir uma bancada numerosa é importante para o papel que uma legenda pretende desempenhar no Senado.
Quanto maior a bancada, mais chances o partido tem de ocupar funções na Mesa Diretora e de presidir as principais comissões da Casa.
Isso porque a ocupação dos principais cargos, tradicionalmente, respeita a proporcionalidade (tamanho) das bancadas.
O MDB, maior legenda da Casa, por exemplo, tem conquistado a cadeira da presidência do Senado desde 2001.
Saiba como inicia a composição partidária do Senado em 2019:
MDB (13 senadores)
- Confúcio Moura (RO)
- Dário Berger (SC)
- Eduardo Braga (AM)
- Eduardo Gomes (TO)
- Fernando Bezerra Coelho (PE)
- Jader Barbalho (PA)
- Jarbas Vasconcelos (PE)
- José Maranhão (PB)
- Luiz Carlos do Carmo (GO)
- Marcelo Castro (PI)
- Márcio Bittar (AC)
- Renan Calheiros (AL)
- Simone Tebet (MS)
PSD (10 senadores)
- Ângelo Coronel (BA)
- Arolde de Oliveira (RJ)
- Carlos Viana (MG)
- Irajá Abreu (TO)
- Lasier Martins (RS)
- Lucas Barreto (AP)
- Nelsinho Trad (MS)
- Omar Aziz (AM)
- Otto Alencar (BA)
- Sérgio Petecão (AC)
- PSDB (8 Senadores)
- Antonio Anastasia (MG)
- Izalci (DF)
- José Serra (SP)
- Mara Gabrilli (SP)
- Plínio Valério (AM)
- Roberto Rocha (MA)
- Rodrigo Cunha (AL)
- Tasso Jereissati (CE)
DEM (6 senadores)- Chico Rodrigues (RR)
- Davi Alcolumbre (AP)
- Jayme Campos (MT)
- Marcos Rogério (RO)
- Maria do Carmo Alves (SE)
- Rodrigo Pacheco (MG)
PT (6 senadores)- Humberto Costa (PE)
- Jaques Wagner (BA)
- Jean Paul Prates (RN)
- Paulo Paim (RS)
- Paulo Rocha (PA)
- Rogério Carvalho (SE)
PP (6 senadores)- Ciro Nogueira (PI)
- Daniella Ribeiro (PB)
- Esperidião Amin (SC)
- Luiz Carlos Heinze (RS)
- Mailza Gomes (AC)
- Vanderlan Cardoso (GO)
Pode (5 senadores)- Alvaro Dias (PR)
- Elmano Ferrer (PI)
- Oriovisto Guimarães (PR)
- Romário (RJ)
- Rose de Freitas (ES)
Rede (4 senadores)- Capitão Styvenson (RN)
- Fabiano Contarato (ES)
- Flávio Arns (PR)
- Randolfe Rodrigues (AP)
PDT (4 senadores)- Acir Gurgacz (RO)
- Cid Gomes (CE)
- Kátia Abreu (TO)
- Weverton Rocha (MA)
PROS (3 senadores)- Eduardo Girão (CE)
- Fernando Collor (AL)
- Telmário Mota (RR)
- Zenaide Maia (RN)
PSL (4 senadores)- Flávio Bolsonaro (RJ)
- Selma Arruda (MT)
- Major Olímpio (SP)
- Soraya Thronicke (MS)
PSB (3 senadores)- Leila Barros (DF)
- Veneziano Vital do Rêgo (PB)
- Jorge Kajuru (GO)
PPS (3 senadores)- Eliziane Gama (MA)
- Alessandro Vieira (SE)
- Marcos do Val (ES)
PR (2 senadores)- Jorginho Mello (SC)
- Wellington Fagundes (MT)
PHS (1 senador)- Zenaide Maia (RN)
PSC (1 senador)- Zequinha Marinho (PA)
PRB (1 senador)- Mecias de Jesus (RR)
Sem partido (1 senador)- Reguffe (DF)
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