Alegando que a defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentada até o momento é inconsistente, o líder do PSDB Carlos Sampaio (SP) anunciou, hoje, a ruptura da bancada com o peemedebista. O tucano, no entanto, disse que não haverá pressão pela saída de Cunha para não "paralisar" a Casa e deixou claro que o foco da oposição continua sendo a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Sampaio reuniu a bancada pela manhã para comunicar que fará o pronunciamento em plenário pedindo o afastamento de Cunha. Ele admitiu que a medida não deve ter efeitos práticos sobre o peemedebista, mas alegou que o PSDB "não pode transigir com o que não é ético". Ele lembrou que caberá agora a Cunha provar ao Conselho de Ética que não mentiu à CPI da Petrobras quando negou que tivesse contas ocultas no exterior.
O líder explicou que, em decisão unânime da bancada, os tucanos concluíram que a defesa prévia de Cunha não foi convincente e que as provas são contundentes. Ele chamou as entrevistas do fim de semana de "desastre". "Se ele não tiver provas, certamente terá muitas dificuldades no Conselho de Ética", previu.
Presentes na entrevista, os titulares do Conselho de Ética da bancada, Nelson Marchezan Júnior (RS) e Betinho Gomes (PE) disseram que a posição do PSDB é pelo afastamento de Cunha, mas que no colegiado vão aguardar o parecer prévio sobre a admissibilidade do processo antes de se pronunciar. Eles evitaram defender abertamente a cassação do deputado, porém disseram que querem o prosseguimento da investigação contra o peemedebista.
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