O governador Paulo Câmara (PSB) tem que promover uma dura intervenção na área de segurança, gargalo da sua gestão. O que antes era motivo de referência para o resto do País, o Pacto pela vida, está virando um castelo de areia. Saídas para a violência existem. O caso de Alagoas é o melhor exemplo atual.
Ali, o governador Renan Filho (PMDB), o mais jovem do País, reduziu em 18% a criminalidade no Estado e em 31% na capital Maceió, sendo a unidade da Federação que mais investiu em políticas públicas para sair do ranking dos mais violentos do País. As mudanças começaram a dar resultado quando ele apostou na nomeação de um promotor de justiça para Secretaria de Defesa.
A queda de homicídios é resultado não só de ações preventivas e repressivas, mas também de parcerias com instituições, como o Tribunal de Justiça, mediante a instalação de câmara de monitoramento, a criação de mais uma vara criminal, o reforço dos quadros da Polícia Militar, além do braço estendido ao Ministério Público, às prefeituras, através do trabalho da Guarda Municipal.
Além da queda nos homicídios no Estado, outros dados foram reduzidos. Dentre os números estão o de inquéritos concluídos, que chegam a 25 mil, destes mais de 15 mil fechados com o apontamento de autoria, o que ao todo chega a 76%. A recuperação de 70,7% dos carros roubados no Estado também foi uma conquista importante. Roubos a instituições financeiras tiveram uma queda de 27,6%.
Os roubos a agências bancárias, que antes eram comuns no Estado, tiveram uma drástica redução também. Em 2014, o número registrado foi de 49 ocorrências, já em 2015 caiu para 40. No caso dos arrombamentos a bancos com explosivos, em 2014 foram registradas 32 ocorrências e em 2015 apenas 11.
O aprimoramento da participação de outras secretarias no combate ao crime já está dando resultados também: 13 escolas em tempo integral postas para funcionar, com a perspectiva de 30 em 2017 e 50 ao final de quatro anos. O Governo alagoano pretende, este ano, convocar a reserva técnica da Polícia Civil, construir seis Centros Integrados de Segurança Pública, erguer a Delegacia de Homicídios e de Narcóticos, em Maceió, e reformar mais delegacias, além de lançar uma força-tarefa de segurança pública.
É bom lembrar que Alagoas sempre foi o Estado com a maior taxa de homicídios do País. Já chegou a ter 2.053 homicídios dolosos (quando há intenção de matar), uma média de 61,8 mortes para cada 100 mil habitantes. Embora ainda seja proporcionalmente o Estado onde mais se mata desde 2006, conforme os dados do "Mapa da Violência", Alagoas como que é possível reverter os índices de homicídios.
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