Governo deve aguardar eleição para líder do PMDB a fim de negociar saída
Cresce no entorno da presidente Dilma a avaliação de que será preciso trocar o titular do Ministério da Saúde. Mas é uma operação complicada porque o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PB) está no cargo por indicação política.
Por ora, o governo está empenhado em reeleger o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e assegurar votos para derrubar o pedido de abertura de impeachment. A ideia é reeleger Picciani na semana que vem e começar a negociar a substituição de Castro com o PMDB governista.
Dilma ficou contrariada com novas declarações desastradas de Castro. Hoje, ele disse que o país está perdendo o combate para o mosquito transmissor da dengue e do zika vírus. O ministro afirmou que o Brasil perdia a guerra de modo “feio” justamente num momento em que o governo trabalha o conceito de uma batalha contra o mosquito transmissor.
Ou seja, o governo tem insistido na ideia de uma guerra coletiva contra o problema, com ações da União, Estados, municípios e sociedade. Mas o próprio ministro da Saúde falou em guerra perdida no dia em que participaria de uma reunião com colegas para definir medidas de combate ao mosquito transmissor da dengue e do zika vírus.
Não é a primeira vez que Castro dá declarações que Dilma julga inadequadas. As afirmações de hoje reforçam a imagem de impotência do governo. A presidente já pediu ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que coordene ações de combate ao problema porque o ministro da Saúde é visto no governo como inábil e pouco eficiente.
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