Rebeca Silva
Nos últimos 30 dias, nove dos 49 deputados estaduais e 10 dos 39 vereadores mudaram de partido. Isto é, o troca-troca partidário na Assembleia Legislativa de Pernambuco chegou a 18% do total e 25%, na Câmara do Recife. A dança das cadeiras foi possível por causa da janela partidária, que permitiu que os parlamentares trocassem de partido sem perda de mandato. Com isso, a composição entre o governo e a oposição nas casas legislativas foi modificada. Na Casa Joaquim Nabuco, a oposição terminou com um integrante a menos. Saíram os deputados Romário Dias e Álvaro Porto, mas entrou no grupo Joel da Harpa, que se filiou ao PTN e exercerá a vice-liderança da ala.
Os partidos também contabilizaram baixas. O que mais perdeu gordura foi o PTB, com a saída de três deputados. Silvio Costa Filho escolheu o PRB, que passou a ter dois deputados, Romário Dias e Álvaro Porto foram para o PSD, que agora tem quatro membros na Casa. O PDT, que tinha três representantes, passou a ter um a mais, com a filiação de João Eudes, que deixou o PRP. A cúpula tucana permaneceu com dois parlamentares porque perdeu Claudiano Martins, que foi para o PP, mas ganhou a deputada Raquel Lyra, ex-socialista.
O PSL filiou Beto Aciolly, que era do Solidariedade, e passou a ter dois deputados. O PMDB perdeu André Ferreira que foi para o PSC. Por causa das mudanças, houve atritos com relação ao arranjo das comissões. Com ida de Romário Dias para a bancada governista, a oposição anunciou que Edilson Silva (Psol) assumiria o lugar dele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No entanto, o pessedista garantiu que permaneceria na vaga como titular porque o cálculo a composição das vagas mudou, já que a oposição perdeu um deputado.
Na Câmara do Recife a bancada do governo também saiu em vantagem, com um mais. Os vereadores Carlos Gueiros e Eduardo Marques saíram do PTB, que é oposição, e foram para o PSB do prefeito Geraldo Julio. A cúpula socialista perdeu Marília Arraes que foi para o PT, mas ganhou também, além dos dois citados anteriormente, Luiz Eustáquio, que saiu da Rede, e Romildo Gomes Neto, que se desfiliou do PSD. Este, atraiu Erivaldo Silva, o Eri, que deixou o PTC, e o líder do governo Gilberto Alves, que era PTN.
O PDT também aumentou a representatividade na casa com a filiação de Marcos Menezes, Jadeval de Lima e Henrique Leite, que deixaram o DEM, o PTN e o PT, respectivamente. E o PT filiou a ex-socialista Marília Arraes.
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