Ilimar Franco - O Globo
Alvo do “Fora, Cunha”, o presidente da Câmara venceu a queda de braço com o Planalto. Para o governo, ele faz a diferença no processo do impeachment. Analistas citam sua obra: consolidou um bloco de partidos, isolou o PT e colocou o PSDB debaixo do braço. Na Câmara, a convicção é que Eduardo Cunha concluirá seu mandato e fará seu sucessor. Estão na fila o relator da comissão do impeachment, Jovair Arantes, e o presidente, Rogério Rosso.
Não ficará pedra sobre pedra. Quando se instalar no Planalto, o vice Michel Temer vai mudar todos os ministros do atual governo. “Será um governo novo”, diz um de seus conselheiros. Temer, por conta das alianças para destituir a presidente Dilma, terá de contemplar os mais diversos partidos com ministérios. Alguns dos atuais ministros, que trabalharam discretamente pelo impeachment, podem até ser aproveitados. Isso, dizem aliados de Temer, não impedirá que ele anuncie um Ministério de Notáveis, sugerido pelo PSDB. Temer pretende seguir essa orientação na área econômica. Ele procura nomes de peso para criar uma onda positiva junto ao mercado.
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