Com a aprovação da Câmara pela continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a próxima etapa é o encaminhamento do caso para o Senado. Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostra que já há 45 senadores favoráveis à abertura de processo por crime de responsabilidade. Vinte e um se declararam contrários. Seis parlamentares se disseram indecisos e 9 não quiseram se manifestar. Para que o processo seja admitido e aberto no Senado são necessários 41 votos.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) é, hoje, o nome mais cotado para presidir a Comissão Especial que avaliará o caso. Ela já se declarou a favor do impeachment. Ministros do "núcleo duro" do Planalto calculam que o governo tem, hoje, 28 dos 81 votos no plenário.
No levantamento, o PSDB é o partido com a maior quantidade de senadores favoráveis ao afastamento da petista, com 11 nomes. Já no PMDB, do vice-presidente Michel Temer, nove se declararam a favor do processo, três contra, três se disseram indecisos e três não quiseram se manifestar. Na Casa, o PT é o único partido no qual todos os parlamentares são contrários ao afastamento da petista.
A partir da aprovação da abertura de processo pela Câmara, as atenções dos movimentos pró-impeachment se voltam para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Agora a pressão é total em cima de Renan", disse neste domingo um dos coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre, Renan Santos.
A intenção é fazer com que o peemedebista conduza o processo com celeridade, para que a votação na Casa ocorra até dia 11 de maio.
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