Folha de S.Paulo
Há uma divisão no Palácio do Planalto em relação à estratégia de apresentar recursos ao Supremo Tribunal Federal para tentar barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Motivo: temor de que nova derrota impulsione o impedimento no Senado, como aconteceu na reta final na votação da Câmara.
A presidente e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, deixaram claro que poderão recorrer ao STF. Mas alguns ministros avaliam que ir ao Supremo e sofrer uma derrota enfraquecerá a frente de batalha política. A presidente avalia os riscos da judicialização do impeachment.
A maioria dos ministros do tribunal já deu a entender que deixará a cargo dos senadores o exame de mérito. No fundo, o que importa é a busca por votos no Senado. Nesse jogo, o vice-presidente Michel Temer é mais forte hoje do que Dilma.
Depois da aprovação na Câmara por 367 votos, será muito difícil que dois terços dos senadores não apoiem o impeachment, apesar da disposição da presidente, como disse em entrevista, de lutar pelo mandato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário