segunda-feira, 18 de abril de 2016

Recifenses avaliam votos dos deputados no impeachment

Um dia após 18 dos 25 deputados federais da bancada pernambucana na Câmara votar pela admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a reportagem foi às ruas saber o que a população achou do posicionamento dos cinco parlamentares que votaram contra o processo. Adalberto Cavalcanti (PTB), Luciana Santos (PCdoB), Wolney Queiroz, Zeca Cavalcanti (PTB), Ricardo Teobaldo (PTN) e Silvio Costa (PTdoB) fizeram uma defesa da petista e definiram o impedimento como golpe.
“Achei o discurso dos que votaram contra muito mais coerentes, com conteúdo. Falaram da questão do crime de responsabilidade. No frigir dos ovos, o discurso de muitos que votaram a favor do processo foi como uma brincadeira de mal gosto. Um dos mais absurdos foi o do deputado que levou o filho para votar. É uma pena”, afirmou a empresária, Aurizete Nascimento de Menezes, 43, em uma referência a Eduardo da Fonte (PP). Ele, que foi aliado de Dilma e votou a favor do impedimento nos quinze minutos do segundo tempo, queria que o filho dele dissesse o “sim” em seu lugar. A iniciativa foi vetada pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB).
Favorável ao afastamento da presidente, o advogado Carlos Augusto Andrade disse que os deputados aliados à Dilma não conseguiram justificar o porquê as pedaladas ficais não configuram crime de responsabilidade. “Foram argumentos muito capengas. Me pareceu um conluio, uma confraria para fortalecer o governo, que, para mim, teve uma má gestão. O PT e aliados falam em golpe, mas não existe golpe quando há uma má gestão. Está obvio que a presidente driblou a prestação de contas” opinou Andrade, que, embora de direita, chegou a elogiar o primeiro ano de governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. “Ele de fato mostrou números e fez o Brasil melhorar, mas depois vi que ele iludiu a população. Ele pegou o governo de FHC (Fernando Henrique Cardoso- PSDB), com o plano real regularizado, e lógico que os resultados vieram em seu governo. Depois o país começou a quebrar”, acrescentou o advogado.
Já o autônomo Marcos Menezes, 48, afirmou que alguns governistas mostraram que estavam votando de coração. "A deputada Luciana Santos, por exemplo, foi para lá defendendo o que ela acreditava. A gente via que era de verdade, ao contrário de outros que estavam ali por algum interesse, principalmente daqueles que votaram sim pelo impeachment. Havia alguns que estavam mais preocupados com a família, os parentes, os amigos". Em discurso, Luciana Santos lembrou parte da letra da canção Madeiras do Rosarinho, em que ressalta a força e o poder de luta do povo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Patos no Caminho da Mudança!

Ramonilson Alves, Deputado Federal Eflain Filho, Benone Leão e Umberto Joubert.  Por uma Patos Melhor!