O Ministério Público Federal ajuizou no último dia 22/03 ação de improbidade administrativa contra o Partido Progressista e mais 10 políticos filiados à legenda, entre eles o ex-deputado pernambucano Pedro Corrêa, condenado no mensalão e na Operação Lava Jato e ora cumprindo pena em Curitiba.
De acordo com o MPF, as propinas recebidas pelo PP e seus integrantes entre 2004 e 2014 chegaram a aproximadamente R$ 296 milhões, ao passo que o fundo partidário, no mesmo período, foi de apenas R$ 179 milhões.
“O total de vantagens ilícitas direcionadas ao PP e seus integrantes equivale a cerca de 164% do importe licitamente distribuído por meio do fundo partidário. Isso permitiria aos candidatos mais do que dobrar os seus gastos eleitorais. Houve, assim, um financiamento ilícito em tal monta que aponta para um desequilíbrio da disputa eleitoral em favor do partido e de seus candidatos, o que implica no desvirtuamento do sistema de representação política em nível federal”, diz a denúncia do MPF.
Além de Pedro Corrêa (PP-PE), foram denunciados os ex-deputados federais Pedro Henry (PP-MT), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA) e os atuais deputados Nélson Meurer (PP-PR), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL), Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Roberto Britto (PP-BA).
O Ministério Público Federal pede o ressarcimento ao erário no montante de R$ 460 milhões – valor que teria sido recebido de propina da Petrobras por intermédio do ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa.
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