O STF (Supremo Tribunal Federal) negou, hoje, recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra decisão do juiz Sergio Moro no processo que determinou a realização de interceptações telefônicas contra o ex-presidente.
Os advogados de Lula também pediam que o processo fosse retirado do juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 13ªVara Federal de Curitiba, e passasse a tramitar no STF ou na Justiça Estadual de São Paulo.
Os ministros do STF negaram todos os pedidos e mantiveram a decisão do ministro Teori Zavascki, que já havia negado o recurso.
O recurso da defesa de Lula foi feito sobre a decisão de Zavascki que anulou as interceptações telefônicas que captaram conversas entre o ex-presidente e a então presidente Dilma Rousseff, no ano passado, num inquérito da Lava Jato sob responsabilidade de Moro.
No diálogo, Dilma avisava a Lula que estava enviando por um portador a documentação para a posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil.
A divulgação do áudio levou o ministro do STF Gilmar Mendes a anular a posse de Lula em março do ano passado, a partir do entendimento de que o ato visava dificultar as investigações contra o petista.
Os advogados do ex-presidente pediam no recurso que também fossem anuladas conversas de Lula gravadas com outras autoridades que tinham foro privilegiado, como ministros e deputados federais.
A defesa também pedia que as investigações contra Lula fossem retiradas do juiz Sergio Moro e passem a tramitar no STF, onde o ex-presidente já consta como investigado no principal inquérito do chamado petrolão, que apura o envolvimento de diversos políticos no esquema de pagamento de propina por empreiteiras contratadas pela Petrobras.
Como alternativa, os advogados de Lula pediam que a ação contra o ex-presidente tramitasse na Justiça Estadual de São Paulo.
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