Sete deputados da oposição fizeram, há pouco, uma visita de surpresa ao hospital regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, se deparando com um quadro de horror: mães com filhos nos braços esperando atendimento a mais de três horas, muita gente na triagem, macas sucateadas, pacientes sem lençóis e um só médico de plantão.
O hospital, que atende a demanda de 17 municípios, está sendo entregue a uma OS, Organização Social, para ser gerido a partir de agora. Segundo a diretora do Hospital, Leandra Saldanha, que recebeu a caravana parlamentar para dar explicações, ninguém deixa de ser atendido, apesar da precariedade e das dificuldades próprias do SUS.
Ela disse que a triagem é feita mediante a situação do paciente. "Se for urgência grave, tem a preferência", explicou ao ser questionada sobre o amontoado de pacientes tentando atendimento. Indagada sobre o quadro médico da unidade hospitalar, afirmou que conta com três clínicos e uma pediatra, mas apenas dois ortopedistas três vezes por semana.
Leandra disse, ainda, que o hospital não atende fraturas expostas, casos que são remetidos para o hospital regional de Serra Talhada, visitado ontem também pelos parlamentares. "O hospital é um caos, falta médico e remédios. Vimos pacientes até sem lençol", afirmou o líder da oposição, Silvio Costa Filho.
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