Autora do processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a jurista Janaína Paschoal afirmou, na noite de ontem nas redes sociais, que se os diálogos gravados pelos donos da JBS se confirmarem "não têm condições" de o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB) permamecerem em seus cargos. Sob a ótica de Janaína, a situação "é muito grave", mas apesar disso, ela minimiza ao ponderar que o caso trata-se de "crimes comuns".
"Conversei com Dr. Hélio Bicudo, entendemos que o caminho mais breve é o STF. Os telefonemas indicam crime comum. Em caso de crime comum, a depender do que já há, o PGR denuncia, o STF recebe a denúncia e afasta o presidente. Não é necessário pedir impeachment, muito embora caiba, se as gravações se confirmarem", observa, em publicações no microblog.
Janaína também pede que o Supremo Tribunal Federal divulgue "imediatamente" os áudios. "O povo tem direito a conhecer o conteúdo das gravações", ressalta. E dá um conselho a presidente da Alta Corte do país: "Peço ao Ministro Fachin que divulgue os áudios e que a Ministra Carmen Lúcia se prepare para assumir a Presidência".
Dizendo ainda que não se arrepende de ter defendido o impeachment de Dilma, Janaína diz que os eventuais crimes de Aécio e Temer não minimizam as responsabilidades da petista. Se os crimes de Temer e Aécio se confirmarem, os crimes de Dilma e Lula não ficam menores. Digo desde o início: caia quem tiver que cair... Já me perguntaram se me arrependi de pedir o impeachment de Dilma. Não! [sic] Essa limpeza toda era necessária", frisa.
Por fim, a jurista reconhece que a situação do senador Aécio Neves "é mais grave". "Pelos áudios, para se defender nos 5 inquéritos, ele teria pedido dinheiro para pagar o advogado", observa e conclui pregando que "iependentemente do que venha a aparecer, nosso país é forte e sairá dessa situação mais forte".
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