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Candidata nas duas últimas eleições presidenciais, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (Rede) compara a ex-presidente Dilma Rousseff, seu desafeto político, com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que se autodeclara um gestor e nega ser um político. "Foi aí [nas eleições de 2010] que se iniciou essa cultura política do gerente. E a gente viu no que deu. Acho que os 14 milhões de desempregados que temos hoje no Brasil são os que estão mais aprendendo com essa história de fabricar lideranças políticas em nome da gerência", disse Marina em entrevista ao UOL na sexta-feira (5).
Doria tem sido apontado como uma alternativa dos tucanos para a eleição presidencial de 2018. Sobre a possibilidade de se candidatar mais uma vez ao Planalto no ano que vem, Marina diz que essa é uma questão "obviamente" em discussão por ela e pela Rede.
Na última pesquisa do Datafolha, a ex-ministra aparece como a única presidenciável que poderia vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma eventual disputa no segundo turno.
Sobre a polêmica reforma da Previdência defendida pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), Marina afirma que ela "precisa ser feita por um governo eleito, que tenha credibilidade e legitimidade". A ex-ministra, porém, declarou que votaria a favor da proposta se arbitrariedades fossem corrigidas.
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