Ao participar de uma audiência pública no Senado, nesta terça-feira (6), o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que até o ano passado acumulava dívidas de R$ 32 bilhões e tinha uma inadimplência de 46%, passará por reformas, assim como o programa “Ciência sem Fronteiras”.
Sobre este último, que se destina a incentivar o intercâmbio acadêmico, o ministro disse que a abertura de vagas foi suspensa em 2015 (governo Dilma). Mas assume a responsabilidade pela sua descontinuidade “porque não programa que atende aos mais pobres”.
Segundo ele, o MEC gastou até agora R$ 3,7 bilhões com 35 mil bolsas do programa “Ciência sem Fronteiras”, que promove a inversão de prioridades, ou seja, “o atendimento de ricos em detrimento dos pobres”.
“O orçamento é praticamente o mesmo da merenda escolar, que atende 41 milhões de estudantes a um custo de R$ 90 por aluno/ano”, declarou o ministro.
Quanto ao Fies, que oferece financiamento a estudantes de baixa renda que tenham obtido um desempenho mínimo nas provas do Enem, o ministro informou que ele será reformulado.
Segundo Mendonça Filho, o Fies acumulou um rombo de R$ 32 bilhões até 2016, sendo que o percentual de inadimplência chega a 46%.
“Vamos reestruturar o programa, garantindo o atendimento aos mais jovens, mas sobretudo a sustentabilidade do financiamento estudantil. Não dá para levar um programa que produz um rombo dessa magnitude, quando quem paga a conta é justamente o contribuinte brasileiro, sem o retorno adequado”, afirmou.
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