Ricardo Boechat – IstoÉ
Michel Temer planeja fazer um pronunciamento à nação caso vença a votação da denúncia apresentada pela PGR no plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira 2. Como a sessão deve acabar tarde, a fala ocorreria no dia seguinte. O governo quer garantir o quorum de 342 políticos no plenário, mas admite que após a marcação de presença, alguns políticos da base aliada deixem a Câmara, sem que a fuga dê a oposição os votos suficientes para a abertura de ação contra o presidente no STF.
Agora, com o núcleo central do Planalto focado na proteção a Temer, o que se percebe nos governos sãos os ministérios bem paralisados, com seus titulares trabalhando poucos dias na semanas e onde falta dinheiro para praticamente tudo.
Surpreendeu a área econômica do governo, na semana passada, nota da Associação Nacional dos Procuradores da República em defesa da proposta de Orçamento para 2018 do MPF. Primeiro, ao destacar que o reajuste salarial de 16,38% para o funcionalismo “não acarretará em aumento de gastos públicos”. Depois, ao afirmar que o impacto de R$ 116 milhões estimado pelo Ministério Público da União “serão compensados”. Em ambos os casos faltou explicar como.
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