Do G1/PE
Há 142 anos funcionando como a casa da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), o Palácio Joaquim Nabuco fecha, definitivamente, as suas portas para as atividades parlamentares a partir da terça-feira (1º). Com a construção de um novo prédio que sediará os debates dos deputados, o palácio passará por uma reforma para se transformar no Museu Legislativo do Estado.
De acordo com o presidente da Alepe, o deputado Guilherme Uchoa, o orçamento para recuperação do prédio está submetido à primeira secretaria da casa parlamentar, um valor que pode chegar a R$ 18 milhões. Ainda segundo o presidente, o recurso pode ser captado pela Lei Rouanet, que permite o financiamento de empresas para atividades culturais, mas ainda não há data para início da reforma.
Localizado na Rua da Aurora, área central do Recife, a construção neoclássica do século 19 se destaca pela beleza. De coloração azulada, ele ostenta esculturas e uma abóbada dourada. Com duas pequenas galerias, ele é tombado pelo Patrimônio Histórico e pelo Instituto Brasileiro de Museus.
“Todos os elementos como arquitetura, entalhes do mobiliário e documentos históricos passam a ser incorporados ao museu e tombados também. Eu acho que é mais um símbolo turístico que se incorpora à cidade do Recife”, pontua a superintendente de Preservação do Patrimônio Histórico do Legislativo, Cíntia Barreto.
O novo local, que recebe as atividades legislativas a partir da terça-feira (1º), fica localizado na Rua da União. Além de contar com uma arquitetura moderna, tem auditório para 142 lugares, três pequenos plenários para comissões parlamentares e o plenário principal Eduardo Henrique Aciolly Campos para reuniões, solenidades, audiências públicas especiais e votações. O painel também passa a ser eletrônico, possibilitando a votação digital.
“Tudo foi feito com recurso próprio. Aqui não tem, sequer, uma suplementação orçamentária do Executivo. Tudo foi feito com as economias da Casa. Ele tem capacidade para essa Assembleia do futuro chegar a 90 deputados. Então, essa é uma obra de perspectiva de crescimento. Nós estamos pensando no Pernambuco de amanhã”, finaliza Uchoa.
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