Criticado, presidente da Câmara ignorou falas e prosseguiu com a sessão.
Fernanda Calgaro - Do G1, em Brasília
Após a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar nesta quarta-feira (2) denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputados de diversos partidos, incluindo os líderes do PSDB, PPS e Rede, se revezaram na tribuna do plenário para pedir o afastamento do peemedebista. Criticado, Cunha apenas aguardava que os parlamentares acabassem de falar, ignorava as críticas e seguia com as votações.
O julgamento terá prosseguimento nesta quinta (3), com a apresentação dos votos dos demais ministros. Mantidos os votos emitidos nesta quarta-feira e proclamado o resultado, Cunha passará à condição de réu na ação penal.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) chegou a chamar Cunha de “arrogante” e “covarde” quando o peemedebista deixou momentaneamente a Mesa para ir ao banheiro. “Arrogância tem limite. Pedimos o imediato afastamento dele”, bradou Fontana.
O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), defendeu a renúncia dele ao mandato para que “a Câmara possa, aliviadamente, respirar para que o processo democrático possa seguir”. “Não podemos continuar olhando como se nada tivesse acontecido. É muito grave, é gravíssimo. Mudou tudo a partir de hoje”, argumentou Bueno.
"É muito mais constrangedor ter que vir à tribuna e ter que falar isso ao presidente da Câmara. Que vira as costas, que não enfrenta no olho", complementou o líder do PPS.
Defesa
Em meio às críticas, o deputado Laerte Bessa (PR-DF) foi o único que saiu em defesa de Cunha em plenário: “Esse plenário está cheio de juiz. Agora, estão prejulgando. Ele tem direito à ampla defesa e o julgamento não se dará em pouco tempo.”
Em meio às críticas, o deputado Laerte Bessa (PR-DF) foi o único que saiu em defesa de Cunha em plenário: “Esse plenário está cheio de juiz. Agora, estão prejulgando. Ele tem direito à ampla defesa e o julgamento não se dará em pouco tempo.”
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