O ex-tesoureiro do Partidos dos Trabalhadores João Vaccari Neto ficou calado diante das 50 perguntas feitas por dois promotores do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que foram aCuritiba para ouvi-lo sobre a investigação de um apartamento triplex do Condomínio Solaris, no litoral do estado.
Vaccari ficou com os promotores por duas horas, na sede Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Paraná. O advogado do ex-tesoureiro Flávio D'urso já havia dito que ele ficaria em silêncio.
Vaccari ficou com os promotores por duas horas, na sede Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Paraná. O advogado do ex-tesoureiro Flávio D'urso já havia dito que ele ficaria em silêncio.
Os promotores paulistas suspeitam que a OAS, que assumiu a obra com a falência da Bancoop, reservou o imóvel para o ex-presidente Lula e sua família. Vaccari foi presidente da Bancoop e atualmente está preso no Paraná em decorrência da Operação Lava Jato.O ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto era o presidente da cooperativa. Ele está preso no Paraná depois de ter sido condenado no processo da Operação Lava Jato.
As investigações apontam também que Marice Correa de Lima, cunhada de Vaccari, pagou R$ 200 mil por um apartamento em construção no Solaris, até 2012. No ano seguinte, desistiu do negócio e recebeu como devolução da OAS R$ 430 mil, segundo as investigações.
O promotor Cássio Conserino investiga ainda a transferência de prédios inacabados da Bancoop – cooperativa do sindicato dos bancários que se tornou insolvente – para outras empresas, entre elas a OAS. A investigação é independente da Lava Jato.
Ao Jornal Nacional, o promotor afirmou que há indícios de que houve tentativa de esconder a verdadeira identidade do dono do triplex. E essa seria uma forma de encobrir o crime de lavagem de dinheiro.
Ainda segundo o Ministerio Público, o dinheiro que deveria ter sido aplicado na construção dos imóveis foi desviado pra financiar campanhas eleitorais do PT.
Declaração de bens
Quando foi reeleito, em 2006, o então presidente Lula apresentou na declaração de bens uma cota de um projeto da Bancoop em construção no Guarujá, no valor de R$ 47.695.
Quando foi reeleito, em 2006, o então presidente Lula apresentou na declaração de bens uma cota de um projeto da Bancoop em construção no Guarujá, no valor de R$ 47.695.
Em nota divulgada no dia 29 de fevereiro, o Instituto Lula diz que "são infundadas as suspeitas do Ministério Público de São Paulo e são levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio por parte do ex-presidente Lula ou seus familiares".
"Lula e sua esposa Marisa Letícia nunca esconderam que ela adquiriu, em 2005, uma cota da Bancoop, paga em prestações mensais, que foi declarada no Imposto de Renda. Mas nunca foram proprietários de apartamento em qualquer condomínio da Bancoop ou de suas sucessoras. A verdade ficará clara no correr das investigações", diz trecho da nota.
Nesta segunda (1º), a defesa de Lula protocolou documento no Supremo Tribunal Federal (STF) reiterando pedido feito na última semana para que a Corte suspenda, de forma provisória, as investigações em curso sobre propriedades atribuídas a ele.
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