Folha de S.Paulo – Bruno Boghossian e Gabriela Sá Pessoa
Depois de ter governado o Paraná por 12 anos nas últimas três décadas, Roberto Requião (PMDB) pensa em se lançar nas urnas mais uma vez para comandar o Estado e dá de ombros para o discurso de renovação na política. "A novidade é bobagem", decreta. "Numa Olimpíada, você coloca o atleta experimentado."
Na contramão de previsões que apontam para uma disputa marcada pelo descrédito da política tradicional e pela profusão de novatos, o peemedebista e outros 14 ex-governadores estudam candidaturas para voltar ao cargo nas eleições de 2018.
O cenário de incerteza gerado pela crise política provocou um recuo de dirigentes partidários que pretendiam renovar seus quadros no ano que vem. O "recall" de nomes já conhecidos e o discurso da experiência voltaram a ser apostas.
Requião, que tentou voltar ao cargo de governador em 2014 e foi derrotado no primeiro turno, acredita que o cenário pode ser mais favorável agora. "Sem falsa modéstia, seria uma candidatura facílima. Acho que a opção do eleitor vai ser a seriedade e a experiência, não o novo."
Além dele, são citados como potenciais candidatos os ex-governadores André Puccinelli (PMDB), em Mato Grosso do Sul, Anthony Garotinho (PR), no Rio, Ronaldo Lessa (PDT), em Alagoas, e Renato Casagrande (PSB), no Espírito Santo, entre outros.
AVALIAÇÃO
Alguns desses nomes deixaram o cargo com boa avaliação popular, mas parte deles terá que enfrentar passivos políticos como baixa aprovação, derrotas nas eleições de seus sucessores e citações em escândalos de corrupção.
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