Folha de S.Paulo - Daniel Carvalho
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), bem que tentou dar ares de normalidade à sua relação com Michel Temer nesta terça-feira (24), véspera da votação da segunda denúncia contra o presidente da República. Mas o discurso de paz não resistiu a uma provocação.
Pouco depois de voltar do Palácio do Planalto, onde reuniu-se com Temer, Maia sentou-se para conversar com um grupo de jornalistas no cafezinho anexo ao plenário da Câmara. Questionado se a relação com Temer estava totalmente pacificada e se agora eram "amiguinhos para sempre", Maia reagiu: "Em política não tem amiguinho, muito menos para sempre."
Os atritos entre Maia e Temer se intensificaram quando o PMDB passou a assediar parlamentares do PSB que negociavam migração para o DEM, partido de Maia.
O presidente da Câmara disse não ter se incomodado com a ação do presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), mas com a presença dos ministros peemedebistas Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) na filiação do senador Fernando Bezerra Coelho (PE).
"O Palácio não podia ter participado disso", afirmou Maia.
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