A direção nacional do PSDB, que tem como presidente o senador Tasso Jereissati (CE), divulgou nota nesta quarta-feira (18) negando ter feito acordo com o PMDB para salvar o mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no plenário do Senado na última terça-feira (17) e o mandato do presidente Michel Temer no plenário da Câmara Federal no que toca à segunda denúncia feita contra ele pelo Ministério Público Federal.
Esta versão foi difundida no Senado pelo líder da Oposição, Humberto Costa (PE), pelo fato de os dois partidos terem votado maciçamente pela revogação das medidas cautelares que suspenderam o mandato do tucano e o proibiram de sair de casa à noite.
A bancada do PSDB, em peso, votou a favor de Aécio. Apenas Ricardo Ferraço (PSDB-ES) não votou porque estava em viagem ao exterior.
Com relação ao PMDB, 18 dos seus senadores votaram a favor de Aécio Neves, entre eles o pernambucano Fernando Bezerra Coelho. As exceções foram Kátia Abreu (TO) e Roberto Requião (PR).
Confira a íntegra da nota:
“A posição da bancada do PSDB do Senado Federal, na votação sobre as medidas cautelares aplicadas pela Primeira Turma do STF contra o senador Aécio Neves, deve-se única e exclusivamente à nossa convicção de que todo e qualquer cidadão tem direito à ampla defesa e ao contraditório, princípios básicos do Estado Democrático de Direito.
Nossa decisão não implica de forma nenhuma em um juízo de valor sobre as atitudes do senador Aécio e muito menos pode ser entendida como parte de qualquer acordo relacionado à votação da denúncia contra o presidente da República na Câmara dos Deputados.
O PSDB reafirma seu compromisso contra a impunidade, defendendo a ampla investigação de toda e qualquer denúncia devidamente fundamentada contra quem quer que seja, inclusive membros do partido, assegurados todos os direitos e garantias processuais, corolários da igualdade de todos perante a lei”.
Enquanto isso, o ex-presidente Lula declarou a uma emissora de rádio de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (18) que o senador Aécio Neves “plantou ódio e está colhendo tempestade”.
Ele disse que nas campanhas presidenciais que disputou e perdeu para Collor e Fernando Henrique Cardoso não vendeu “ódio” como teria feito Aécio Neves ao perder para Dilma Rousseff em 2014. “Vendi paz e amor”, disse o ex-presidente.
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