Do Diario de Pernambuco - Rosália Rangel
Segundo governador, obra é alvo de operação da PF porque construtora solicitou R$ 264 milhões a mais. Valor negado pelo Estado
Três dias após a Operação Fair Play da Polícia Federal chegar ao estado, o governador Paulo Câmara (PSB) falou pela primeira vez sobre o assunto. O socialista contestou uma parte da investigação na construção da Arena Pernambuco e defendeu a lisura no processo licitatório da obra. Em relação a superfaturamento, disse que o próprio Estado discorda do valor cobrado pela construtora Odebrecht. A empreiteira, em um aditivo do contrato, solicitou um acréscimo ao valor total do projeto - previsto em R$ 479 milhões - de R$ 264 milhões, mas o governo só assumiu R$ 30 milhões do adicional. O governador reforçou, inclusive, que tal divergência está na Justiça.
Ontem, Câmara afirmou que, após o início da investigação, na última sexta-feira, tomou conhecimento de tudo que foi divulgado, chegando à conclusão de que “ela (a operação) parte de premissas que no meu entendimento não são devidamente sustentáveis”, observou. Para dar respaldo à sua declaração, o governador assegurou que Pernambuco seguiu “exatamente” as questões legais que, segundo ele, cabem tanto na Lei de Parceria Público Privada (PPP) como na Lei de Concessões.
Ontem, Câmara afirmou que, após o início da investigação, na última sexta-feira, tomou conhecimento de tudo que foi divulgado, chegando à conclusão de que “ela (a operação) parte de premissas que no meu entendimento não são devidamente sustentáveis”, observou. Para dar respaldo à sua declaração, o governador assegurou que Pernambuco seguiu “exatamente” as questões legais que, segundo ele, cabem tanto na Lei de Parceria Público Privada (PPP) como na Lei de Concessões.
O governador fez questão de dizer que o governo recebeu uma solicitação da Odebrecht para fazer um estudo sobre a construção da Arena, o que foi autorizado pela gestão. Informou que a autorização saiu no Diário Oficial do Estado e qualquer outra empresa poderia participar do processo. A consulta pública durou mais de 30 dias. “Só após fizemos a abertura do processo licitatório. Seguimos todas as etapas da lei, fomos transparentes. O que está dito aí não tem consistência porque nós trabalhamos da maneira correta”.
Câmara enfatizou que “a Arena hoje é contestada judicialmente porque a construtora solicitou um aditivo de R$ 264 milhões que o estado negou” e que “isso está judicionalizado”. “São questões que precisam ser melhor explicadas. Que se investigue.” Ontem, na Assembleia Legislativa, do grupo de oposição, apenas o deputado Edilson Silva (PSol) ocupou o plenário para repercutir o assunto, lembrando que indagações sobre a construção da Arena haviam sido levantadas por ele anteriormente.
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