A presidente Dilma Rousseff não aguentou a pressão de políticos e empresários e desistiu – durante reunião com vários ministros neste final de semana – de propor ao Congresso a recriação da CPMF (“imposto do cheque”).
O objetivo da CPMF era arrecadar R$ 80 bilhões para fechar as contas de 2016. Mas como a presidente não soube se articular com os governadores e as presidências de Associações Municipalistas, já que o imposto seria rateado com estados e municípios, os protestos falaram mais alto e ela teve que voltar atrás.
Participaram da reunião que selou o “enterro” da CPMF os ministros Nélson Barbosa (Planejamento), Aluízio Mercadante (Casa Civil) e Joaquim Levy (Fazenda).
A proposta do governo era recriar a CPMF com alíquota de 0,38% – a mesma de 2007 quando o Senado a revogou. Do produto arrecadado, 92% ficariam com a União, 4% com os estados e 4% com os municípios.
Na última quinta-feira, a presidente foi alertada pelo vice Michel Temer (PMDB) de que aumento de impostos, neste momento, não passaria nem pela Câmara nem pelo Senado. E recebeu o apoio dos presidentes Eduardo Cunha e Renan Calheiros, respectivamente.
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