Em ato organizado hoje pela associação dos ex-alunos da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), cerca de duzentos juristas apoiaram um manifesto que pede a renúncia imediata da presidente Dilma Rousseff. As informações são dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.
Os juristas defendem a renúncia imediata com o objetivo de preservar as instituições brasileiras que, segundo eles, foram atingidas por sucessivos escândalos de corrupção durante o governo dela e de seu antecessor, o ex-presidente Lula.
“A comunidade jurídica, despida de qualquer uniforme partidário (…) declara que urge um gesto de grandeza política, para que a senhora presidente da República preserve tanto as instituições que jurou defender como sua própria biografia. Renúncia já”, diz o documento.
O manifesto foi redigido por Flavio Flores da Cunha Beirrenbach. Ele é ex-ministro do STM (Superior Tribunal Militar), ex-deputado pelo MDB e presidente da associação dos ex-alunos.
Bierrenbach afirmou que "o Brasil não pode ser hipotecado à corrupção" e que "o povo brasileiro não suporta mais o estigma de legatário da herança maldita das felonias de seus governos".
Ele ainda afirmou que a "comunidade jurídica, despida de qualquer uniforme partidário", pedia a Dilma um "gesto de grandeza, para que a senhora presidente da República preserve tanto as instituições que jurou defender como sua própria biografia".
Entre os juristas presentes estavam dois ex-ministros da Justiça, José Gregori e Miguel Reale Junior, ambos do governo Fernando Henrique Cardoso, o ex-deputado Almino Afonso, o jurista Modesto Carvalhosa e o ouvidor geral do Estado de São Paulo, Gustavo Ungaro. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre Moraes (PMDB), também esteve no evento e aplaudiu a leitura do manifesto, mas não assinou o documento.
José Gregori também defendeu a renúncia. Porém, criticou a iniciativa de parte do PSDB que defende a realização de novas eleições. “Novas eleições só no bojo de um processo constitucional. Do contrário é golpe de estado. Isso seria ferir de morte toda a tradição democrática do PSDB", disse.
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