Pressionado pela expectativa de uma eventual denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse, hoje, que não deverá acelerar a tramitação dos pedidos de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). "Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Os processos continuam do mesmo jeito que estavam indo. A institucionalidade do meu cargo continua da mesma forma como ele era", afirmou Cunha. Segundo o jornal "Folha de S. Paulo", Cunha pode ser denunciado pela PGR ao STF (Supremo Tribunal Federal) por seu suposto envolvimento no esquema da Lava Jato nesta quinta-feira.
Desde o início do segundo mandato da presidente Dilma, pelo menos 17 pedidos de abertura de processo de impeachment foram enviados à Câmara. Pela legislação atual, cabe ao presidente da Câmara definir que processos devem tramitar e quais devem ser arquivados. Parlamentares que apoiam a presidente temem que uma eventual denúncia da PGR contra Cunha possa fazer com que o peemedebista acelere a tramitação dos pedidos de impeachment contra ela.
Questionado sobre a possível denúncia a ser feita pela PGR, Cunha evitou polêmicas. "Não tenho o que falar, não vou alimentar polêmicas", afirmou. No entanto, unha aproveitou a entrevista coletiva desta quinta-feira para criticar, mais uma vez, a diligência feita pela PGR ao sistema de informática da Câmara. Em maio, a PGR fez uma diligência à Câmara para obter dados de Eduardo Cunha e da ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB).
Cunha disse que durante a diligência, técnicos da PGR tiveram acesso a todos os dados de acesso de servidores e deputados da Câmara e que isso poderia ter sido evitado. "Bastava ter oficiado. Não precisava ter feito a busca [em todos os computadores]. Se oficiasse, a gente teria fornecido os dados e pronto. Como aconteceu em várias situações", afirmou Cunha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário